25 de outubro de 2009

Pensamento

Alguém disse.. e eu assino por baixo:



"As coisas naturais fluem... não é preciso pensar ou forçar!"






Quero...

Longe... ainda é lá bem longe que me sinto bem, que me invado de mim mesma e me converto naquilo que realmente me define. Aprendo a ler-me, a descobrir coisas em mim que julgava nem existirem... a rejeitar todo e qualquer tipo de memória ou pensamento para me concentrar única e exclusivamente no meu Eu...
Gosto do que vejo, do que sinto... transmito...
Sinto um alívio! Não gostar de mim própria seria catastrófico... menos mal, é sinal que me resta ainda alguma sanidade mental!

Suspiro... olho-me bem no fundo, converto-me na minha própria ouvinte e traço as minhas próprias escolhas... faço as minhas psicologias. Opto por auto-medicar-me... sabe-me bem! Sabe-me a coragem!

Pouco a pouco chego a pequenas, mas aconchegantes conclusões! Tomo grandes decisões e dou por mim a delinear um amanhã... um amanhã apenas possível depois de me conhecer. Um amanhã que quero ter a coabitar em mim desde o momento em que me descobri, me aceitei...sim...agora já sei tudo o que quero para mim...

Quero negar cada chamamento teu... não posso permitir que me "ames" nos intervalos da tua vida;
Quero renunciar o amor pela metade... aceitá-lo seria contraprudecente com aquilo que acredito.. eu acredito no Amor;
Quero "contar-me" apenas a mim própria... chego à conclusão que a dor do choro não faz sentido ser partilhada... as lágrimas correm nos olhos de quem sente;
Quero sentir-me primeiro mal para o depois ser menos doloroso... o inverso é sempre o caminho mais fácil, é verdade, mas também o mais sofredor;
Quero abandonar a "vitrine"... as verdadeiras e raras jóias guardam-se nos cofres, poucassão as vezes que se encontram expostas na montra;
Quero acertar as horas... de nada vale andar com o relógio adiantado se no final de contas se continua a chegar atrasado;
Quero... quero continuar a acreditar naquilo que os meus olhos vêem  e o meu coração interpreta.....



21 de outubro de 2009

FOrMaS




Não sei o nome, mas conheço o cheiro, o arrepio na pele e o ciúme a espreitar....

São poucas as formas de poder decifrar...

... só mais tarde, talvez um dia entender, que não são fábulas, são sim meras formas de encantar!

9 de outubro de 2009

LoisLane&Superman


...o sorriso, o olhar, a cumplicidade, o carinho, a imaginação, dedicação... os pormenores!!!

... o pensamento, a intensidade, o nervoso miudinho, a simplicidade, a amizade, o segredo, a paixão...


... a presença, o instinto, a saudade, o sabor, a evasão...


... o AMOR!!!!!!!

6 de outubro de 2009

Eu gosto! Eu faço...

Ás vezes dou por mim a omitir para os outros aquelas coisas que só admitimos gostar para nós mesmos! Tou a referir-me àquelas coisas que adoramos sem saber bem ao certo porquê... aquelas coisas, muitas delas pirosas até, completamente "out", às vezes vergonhosas... mas que no nosso mais profundo íntimo idolatramos com garras e dentes e damos por nós a sorrir baixinho quando deparamos com elas! As coisas!

Lembro-me por exemplo que amo,Delfins! A banda comemorou agora 25 anos e eu que me lembre apenas os vi uma vez ao vivo num espectáculo acústico... mas ainda assim... apesar da "tara" que tenho pelas músicas deles, não me recordo de uma única vez referir nos meus gostos musicais tal banda...

Também me lembro de adorar mexer os dedos dos pés quando me preparo para dormir! Que vício... não consigo estar simplesmente com os dedos estáticos... enquanto o sono não me mobiliza, não há como mantê-los sossegados.. mexe e remexe... faça frio, faça calor...

A digitar no teclado do computador... uma mania feia! Esteja em casa, esteja no trabalho, o conjunto dos meu dedos da mão direita, a forma como os posiciono, não é de facto a mais educada, convenhamos! Faço literalmente um gesto asneirento... e pior... aponto no ecrã da mesma forma e com o meso dedo.. sim.. decadente no mínimo! Marca pessoal, sem dúvida...

Sou romântica e acredito nas histórias de amor típicas dos ecrãs de cinema. Costumo rir-me com os amigos das lamechices dos casais apaixonados que se beijam em público, ironizo com casais de mãos dadas na rua, finjo ser uma total mente "avant-garde" quando na realidade verto lágrimas em tudo quanto é cena sentimental, jura de amor, causa emocional! Pior... acredito quando já devia ter juízo e idade suficiente para perceber que a época de Pedro e Inês ou Romeu e Julieta, já lá vão!

Adoro andar sem roupa pela casa! Completamente à vontade!!! Se há coisa que lido muito bem, é com a minha nudez. Não vejo um escândalo ir à varanda de cuequinhas... hummm... quer dizer... pensando bem, se visse alguma vizinha meio despida numa varanda qualquer, talvez achasse pouco apropriado mas... bem.. adiante!

3 de outubro de 2009

Interpretação...



PS.: (K)



"De repente do riso fez-se o pranto


Silencioso e branco como a bruma


E das bocas unidas fez-se a espuma


E das mãos espalmadas fez-se o espanto.


De repente da calma fez-se o vento


Que dos olhos desfez a última chama


E da paixão fez-se o pressentimento


E do momento imóvel fez-se o drama.


De repente, não mais que de repente


Fez-se de triste o que se fez amante


E de sozinho o que se fez contente.


Fez-se do amigo próximo o distante


Fez-se da vida uma aventura errante


De repente, não mais que de repente."




Vinicius de Moraes


(...)