29 de novembro de 2009

Hoje penso nisto....

O amor é uma coisa encontrada.... nunca uma decisão tomada!




Porto de Abrigo....

... foi há mais ou menos quatro anos que nos vimos pela primeira vez! Não me recordo que roupa trazias... só me lembro que ao contrário de todos os outros, eras o único a estar de pé e com a "cabeça no ar" a ver o que se passava ali naquele instante.

Era a primeira vez que estava a atravessar aquela sala,  o mesmo espaço que viria a ser o meu futuro local de trabalho durante um ano inteiro... dirigiram-me a mim e aos meus colegas para uma sala onde nos iam colocar a par de mais algumas regras (eram tantas... estava com tanto receio).

Nunca tinha falado ao telefone com estranhos... sentia-me uma "menina" acabada de sair do regaço da minha mãe, estava assustada! Olhava ao meu redor e sentia um grande à vontade nas pessoas a trabalhar... parecia que "brincavam" com  sistema... as respostas saiam assertivas. Aos meu olhos tudo me parecia demasiado difícil... mas não era! Saberia-lo daí a alguns meses, quando também eu já "brincava"!

Comecei a estabelecer afinidades... fiquei triste quando a Rita, a colega com quem me dava melhor, decidiu ir embora. Fiquei meio desamparada.... eramos as "manas"... diziam-nos que pareciamos gémeas!

Foi nessa altura que eu e tu começamos a aproximar-nos... percebeste que me sentia desmotivada... foi nesse mesmo momento que te aproximaste e disseste com real força que eu iria conseguir! Acreditaste em mim... até hoje!

Começamos a tornar-nos inseparáveis... liderávamos! As horas de almoço eram de morrer a rir onde eu e tu detinhamos os papéis principais! Ninguém escapava ao nosso escárnio e maldizer... eramos mauzinhos... eramos saudáveis! Nunca me vou esquecer do dia que levei os tennis Miguel Vieira vermelhos. Gozaste tanto que nunca mais os calcei! E do dia que levei a saia branca que denominavas como um pano de cozinha! Estúpido...adoro-te!

Fomos crescendo... lado a lado. A crescer conosco... uma cumplicidade irresistível, um amor de irmãos.

Estamos juntos novamente... o destino assim ditou. Com a pequena diferença de ser tua subordinada. Não foi fácil no início... e ainda hoje quando ao final do dia me tentas fazer compreender que o teu profissionalismo depende da tua imparcialidade... fico resistente. Não quero a tua imparcialidade... os outros querem... eu não! E tu também não...

És o meu melhor amigo. Confiaria a ti a minha alma...

Já temi muito não estar à altura daquilo que és para mim... hoje sei que não tenho que duvidar...desde que seja eu... vais gostar de mim dessa forma! A nossa amizade é isso... sermos tão nós!

Obrigada "toupeira"!

27 de novembro de 2009

Escolher amar...

Eu escolho esconder o amor mas olho para ti a toda a hora...até já decidi ir embora... mas quase chorei sozinha a implorar que não me deixasses ir...
.......e dei por mim a ficar mais um tempo................ por ter a certeza que estás comigo... para ter a certeza que estás comigo....


Diz-me que não sonhei que já passeámos de mão dada... adormecemos juntos, beijámo-nos com carinho, paixão...saudade! Que já viajámos no imaginário um do outro, contemplámos um pôr-do-sol, cantámos no ouvido um do outro e até dançámos em privado... que já escutámos a natureza, tocámos a paixão, avistámos a felicidade...

...já nos abraçámos no intervalo de um qualquer segundo chamado "eternidade", chorámos longe um do outro... já sorrimos por cumplicidade e rimos por simplicidades... já planeámos a nossa viagem, o peixinho à beira-mar, o passeio naquele jardim tão perto de nós... as fotografias que me queres tirar...

 Eu escolho ficar... eu quero ficar porque eu não sinto medo... se tu também cuidares.... e vou onde quiseres ir... porque eu assim escolhi. 

Eu só quero te ajudar a encontrar as coisas que deixaste para trás... ajudar-te a escolher amar... 



25 de novembro de 2009

As Pessoas...

Há pessoas que me irritam! Há pessoas que simplesmente me tiram do sério, me provocam raiva, stresse, nervoso miudinho, ira... A essas pessoas apetece-me pregar-lhes rasteiras quando passam, rir-me da cara delas...  Estou a falar daquelas pessoas que nos deixam mesmo, mesmo, à beira de um ataque de nervos pela sua simples presença, forma de falar, rir, andar... respirar!!!! É que Tudo, e quando digo Tudo é mesmo TUDO... me irrita nelas.


Quase sempre acho que essas pessoas também me detestam. Mas ainda assim um bocadinho menos do quanto eu as detesto a elas tenho quase a certeza (malvadez).



Há pessoas que me causam desconforto. Pessoas em quem não consigo confiar por mais que tente. Por norma são pessoas com quem até me rio, conto anedotas, bebo copos, faço desabafos supérfulos... mas a quem nunca sou capaz de contar a verdade pela inteira, ou dar a conhecer os meus pontos fracos! Esses... aliás, nem sequer existem para essas pessoas. Para uma ou outra asneira que cometemos acabamos sempre por arranjar uma desculpa plausível e fundamentada q.b. Eis a truque! Eis a falsidade consentida...



Há pessoas a quem consigo ler a mente. Não são precisas palavras... gestos, movimentos, desenhos ou cartazes com palavras gordas espalhados pela rua...tudo se sente, tudo é demasiado transparente, verdadeiro... natural e espontâneo... tudo se "lê" nas entrelinhas... se interpreta nos intervalos das palavras e se concretiza em parágrafos ausentes de reticências ou vírgulas mal colocadas...



Para estas últimas... faltam-me quase sempre as palavras...



22 de novembro de 2009

A definição...

Sentes que alguém mexe muito contigo quando essa pessoa te faz arrepiar dos pés à cabeça… te faz rir feito estúpido… e te faz perder a noção do tempo?!

...passas o tempo todo a carregar numa tecla qualquer do telemóvel para ver se tens alguma mensagem nova… e sobretudo se é daquela pessoa que nos últimos tempos te tem assaltado o pensamento?!


Te faz perceber que a sua companhia te diz muito quando ficas até às cinco da manhã na “conversa da treta”… sem te cansar?!



Imagem filme "Paixão Proibida/Silk"

Sinopse
Herve Jancour (Michael Pitt) achava que seria feliz para sempre ao lado da amada Helene (Keira Knightley). Mas estava enganado. A próspera indústria da seda européia é atingida por uma praga, e ele terá que fazer uma perigosa viagem ao Japão para negociar a mercadoria em uma ilha misteriosa e lendária. Sua jornada o levará ao temido barão local, Hara Jubei (Koji Yakusho) - e também à sua concubina, garota misteriosa e dona de uma beleza impressionante. Ela não tem nome. Eles não falam a mesma língua. Mas algo acontece entre os dois que vai mudar a vida de Herve. Por mais que tente, ele não consegue esquecê-la.


Percebes que te vais apaixonar quando não consegues disfarçar o olhar do pormenor do seu sorriso… e ficas ali minutos parado no tempo até alguém te acordar... ou perdes-te na idade e passas a ser tudo aquilo que imaginavas não ser mais capaz...
 

Dás por ti a aceitar que gostas mesmo daquela pessoa quando te preocupas com ela... te imaginas num futuro com ela… utopia quiçá… mas ainda assim a vontade continua lá?!

 

Ficas muito assustado quando sentes um aperto enorme no peito ao perceber que a outra pessoa tem momentos de dúvida e acaba por renunciar aquilo que sente em prol de uma outra coisa… coisa essa que acaba sempre por pesar muito mais… um peso do tempo e um medo de recomeçar...

Começas a acreditar que hà forças do destino às quais não consegues vencer... e por mais que troques o percurso... vai haver sempre alguma paragem durante a viagem em que te vais voltar a perder... seja hoje, amanhã... ou daqui a meses...


Falamos de paixão.........
.....................entendes agora o que é isto?!




19 de novembro de 2009

Significados...

... estou a gostar de ti! Já não é o teu sorriso que me envaidece... a tua atenção especial ou mimos constantes...
... começo a sentir que gosto mesmo de ti! Para além de todo o encanto que possas exercer... não é mais a minha camisa predilecta que trazes vestida que faz sentido... ou o perfume que deixas espalhado pela sala... nesta altura, são já as tuas "caras feias" que idolatro sem querer... a tua estranha forma de me fazer rir... aquele vício em me deixares , assim... "sem jeito"...

... não interessa sequer as músicas que cantas se não mesmo a interpretação que lhes dás... a ruindade de "transgredir" as regras do trânsito.. o teu nervoso pintado a sensatez... os diferentes tons de voz quer estejas alegre, menos alegre ou simplesmente assim assim...

... a distância do olhar quando se quer estar perto, as palavras enroladas de desconexos sinais de pontuação... a vontade de "não falares nada" e ainda assim teres a certeza de nada me passa despercebido... porque afinal... te "leio" sem querer...

... o sinal, os sinais... que mais ninguém vê...

... a curiosidade de um "mais" e o receio de um "menos"...


... ainda são as pequenas coisas vividas a teu lado que me fazem senti-las enormes... os precaminosos percalços que nos atiram à cara que a vida podia ser assim... uma dança constante... quem sabe se agora de início sob o escasso brilho de um quarto minguante... para tão certeiramente numa bonita noite de lua cheia para todo o sempre se enquadrar...

...

8 de novembro de 2009

... o despertar

... Domingo, 12:16minutos, chuva.... local: sofá... pensamento: em local incerto!
Acordei com dores espalhadas por todo o corpo e com vontade de escrever-te pela última vez. Acordei de madrugada, cedo, e tantas outras vezes a meio de uma manhã cinzenta e tristonha. Acordei com a mesma roupa e penteado de ontem embora um pouco mais desconcertados.... acordei com vontade de prolongar o sono. Acordei a detestar a blusa que comprei há dois dias (metade do meu ordenado).... e com vontade de devolvê-la à loja!!!



4 de novembro de 2009

Dor!

Eu já não sei mais qual é a verdadeira cor do céu... se é o azul celeste ou o cinzento intemporal.... não me recordo mais o que simboliza cada passar de estação do ano... se é no Outono que as folhas das árvores caem ou apenas mudam de cor, ou se ainda é no Inverno que o calor se faz sentir... não sei se trabalhamos para ocupar o tempo e amamos para nos magoar... se continuo à espera do comboio no terminal do autocarro...

Se alguém me quiser explicar porque é que te tenho de conjugar no passado se ainda te sinto no presente... esconder-te de mim porque decidiste ir... e se eu também quisesse aprender...
..................................

Será que ninguém entende que ainda tenho as tuas marcas na minha pele... que sinto o aconchego do teu abraço e me perco no sabor dos teus lábios... e agora a olhar-me ao espelho vejo lágrimas quando passo "base" sobre as marcas que deixaste. Como faço se não são tralhas, objectos pessoais ou roupas espalhadas pela casa?! São antes memórias tuas em cada virar de esquina, lembranças do que pareceu um sonho real no qual era actriz principal, menina bonita, conquistadora de corações... para tão repentinamente passar a figurante... adereço de um qualquer cenário onde não tenho sequer o direito de brilhar...

Os momentos, os silêncios entre os olhares, a simplicidade das palavras, a cumplicidade, imaginação.... o rejeitar querendo e a vida a soar a fácil.... tropeçam a cada segundo do meu dia... ainda é a tua respiração que me devolve o ar, me oxigena a mente... me faz sobrevoar o chão tão levemente... o teu perfume... esse...obriga-me a improvisar sempre mais uma daquelas histórias que não são para se contar... perfeição ou perdição... eras... és...serás...

...e agora.... não é revolta... é tristeza, é incapacidade de te olhar de outra forma que não aquela que o destino desenhou! Como eu queria ser transparente neste pesado e grande momento... só para te poder olhar sem a cabeça baixar, admirar-te o dia inteiro sem niguém por perto a culpar-me de te adorar... e como adoro... ao ponto de te aceitar...

Eu sei, sou peça de outro puzzle... e a culpa foi toda minha... fui eu quem te deu o meu coração... 

............................ se ao menos de "roubo" te pudesse culpar...

Onde foram parar as conversas durantes horas a fio, as gargalhadas desmesuradas que me provocas quando pensava ter perdido o jeito de o fazer... e aquelas coisas inexplicáveis a percorrerem-nos o corpo e a alma, para as quais não conseguimos qualquer definição... não quiseste uma explicação... para onde foram...