25 de janeiro de 2009

Eu Nunca...

E no seguimento... vamos ao "Eu Nunca.."! Hummm, quase que poderia começar com um "eu nunca fiquei num sábado à noite a escrever coisas que não importam a ninguém... lol. Bom mas como me estou a divertir... aqui vai:

Eu nunca fumei uma ganza (nem sei se é assim que se escreve ups);
Eu nunca fiz sexo em grupo;
Eu nunca viajei de avião (não é trauma... é mesmo falta de oportunidade);
Eu nunca fiquei em coma alcoolica (íncrível);
Eu nunca roubei;
Eu nunca usei as algemas que a Anita me ofereceu num dos meus aniversários;
Eu nunca entrei numa sex-shop;
Eu nunca mudei um pneu (mas já vi mudar);
Eu nunca vi os meus pais a fazer amor (mas sei que muita boa gente já viu);
Eu nunca disse "amo-te" verdadeiramente;
Eu nunca fui parar a uma esquadra de polícia;
Eu nunca gostei de queijo;
Eu nunca dormi com um chefe;
Eu nunca fui a um motel;
Eu nunca me casei;
Eu nunca traí um namorado (no pensamento não conta);
Eu nunca fiz nenhuma tatuagem nem nenhum piercing;
Eu nunca quis ser melhor que os outros, se não eu mesma;
Eu nunca me mascáro no Carnaval nem em parte alguma;
Eu nunca fiz dieta (ando sempre a tentar engordar mais um ou dois quilinhos);
Eu nunca tive uma intoxicação alimentar;
Eu nunca andei caídinha por um professor;
Eu nunca roubei o namorado de uma amiga;
Eu nunca ando de sapatos rasos (a não ser em casa de chinelos e os tenis para ocasiões estritamente necessárias);
Eu não saio de casa sem me maquilhar (so se a casa estiver a arder e mesmo assim pego no estojo da mauilhagem);
Eu nunca usei um cinto de ligas (mas que vou comprar um vou);
Eu nunca me esqueço de pôr o cinto de segurança;
Eu nunca pedi algo em troca por um favor;
Eu nunca soube mentir quando de facto me dava jeito;
Eu nunca tive um carro em primeira mão;
Eu nunca fiz isto que estou para aqui a fazer...

....

Eu já...

Não nos damos conta mas diariamente proferimos um "Eu já..." qualquer coisa! Por certo todos nós já fizemos inúmeras coisas mas existem algumas mais marcantes que outras e como que um desafio resolvi saber, a par de alguns bloguistas que já o fizeram e me inspiraram, o que é que a menina aqui já fez... =)

Três, dois, um.... aqui vai:

Eu já colei pastilha elástica debaixo de mesas;
Eu já subi à Torre Eiffel;
Eu já recebi flores;
Eu já fugi à polícia e de seguida perseguida por dois carros da BT;
Eu já fui pedida em casamento;
Eu já fugi de casa (mas a minha mãe sabia :P);
Eu já fui campeã regional de salto em mini trampolim;
Eu já beijei um rapaz com piercing na língua;
Eu já entrevistei o Nobel da Literatura (o português claro);
Eu já entrei de gatas em casa;
Eu já fui agredida por um chefe;
Eu já chorei desalmadamente por amor;
Eu já menti em relação à minha idade (e ao nome também lol);
Eu já caí de cima de um burro mansinho que me deixou uma cicatriz sexy no queixo;
Eu já quis ser famosa;
Eu já tive um grande acidente e sobrevivi não sei como;
Eu já fui a Espanha comprar caramelos;
Eu já me confessei a um padre mas não disse sequer uma décima dos meus pecados;
Eu já tomei banho nua à noite numa albufeira fantástica;
Eu já fiz amor num barco magnífico e debaixo de um céu estrelado estupendo;
Eu já corri por cima de carros estacionados num parque de estacionamento;
Eu já magoei muito uma pessoa;
Eu já acreditei no Pai Natal;
Eu já me arrependi de tanta coisa;
Eu já fingi alguns orgasmos (não me venham com tretas, quem não o fez!)
Eu já fui atropelada por um Renault Clio que se meteu de seguida em fuga;
Eu já quase que assisti ao parto do meu sobrinho (medooo);
Eu já tive o cabelo a tocar o fundo das minhas nádegas (e verdadeiro atenção);
Eu já fui ameaçada e perseguida por um ex-namorado;
Eu já estive no terraço das Twin Towers numa madrugada qualquer;

...

Para já ficamos por aqui :P







24 de janeiro de 2009

Gata Borralheira

"Há muito tempo, numa cidade longínqua (...) uma menina muito boa e bonita passava o dia a cuidar da casa! Lavava a loiça, passava a roupa e para fazer o tempo passar mais depressa cantarolava a sua vidinha monótona e sem graça para os pardais empoleirados no parapeito da janela ou para o gato velho e cansado que passeava magestosamente nos degraus da soleira da porta (...)".

Este é um trecho refeito de um dos contos de fada mais bonitos de toda a história e que fez parte dos meus tempos de menina e com certeza de muitos de vocês. Uma bonita história que conta a má sorte de uma jovem rapariga nas garras de pessoas impiedosas e sem escrúpulos e a quem tentaram fazer infeliz. Mas um dia... num passo de magia e dança, a bela menina o seu príncipe encontrou e... casou!
Estamos a falar da Cinderela, a Gata Borralheira, claro está!

Foram histórias como estas, com o típico desfecho "... e foram felizes para sempre" que me fizeram acreditar, a mim e a tantas outras crianças, todas tão inocentes, que a magia existia nas pessoas crescidas e que era tudo assim... fácil. Hoje sou crescida e nunca vi príncipes à minha volta nem fadas madrinha com pós de pirilimpimpim... mas a parte má das histórias, aquela em que as pessoas fazem mal umas às outras... em que usam a mentira e a ganância... essa parte eu já vi vezes sem conta.

Neste momento sinto-me a Gata Borraleira... não que tenha encontrado o meu príncipe, não que tenha sido beijada, não que tenha usado uma coroa de flores... hoje sinto-me a Gata Borralheira porque me preocupa a roupa ficar estendida no estendal durante a noite ou se há lenha que chegue no cesto para manter a lareira acesa durante o serão! Oh vida...

22 de janeiro de 2009

Alguém me leu...

É cedo! Não que o seja na realidade mas para mim é... a partir do momento em que nas últimas manhãs frias e chuvosas nada mais tenha feito do que me render ao calor dos meus lençóis e ao aconchego da minha almofada. Sim, não tenho acordado propriamente antes do nascer do sol e muitas vezes quando levanto os estores, o sol já vai alto (quando ele existe), ou então o vizinho da frente já está a estacionar o carro para vir almoçar e completar assim meio dia de trabalho... o que me faz descer à realidade e perceber que algo não vai bem!
Hoje dormi, se muito, duas horas em constante sobressalto. E a angústia que sentia ao deitar-me acordou comigo. Ainda há pouco tempo, e numa conversa com alguém, dizia que "o dia seguinte era sempre melhor"... mas hoje isso não está a acontecer porquê, questiono-me...


Confesso que continuo a colocar títulos no meu dia-a-dia e a descrevê-los no meu pensamento ao que chamo de "as minhas folhas soltas". Confesso ainda, que de há uns meses a esta parte, tenho sentido vontade de vir aqui escrever... de me tentar "encontrar" por entre rabiscos, pontos e vírgulas, travessões ou pontos de exclamação mas que mais não tenho feito do que reler o meu passado e nele me continuar a rever... pois continuam ainda a ser as "bofetadas da vida" e as "lágrimas" de mais um "não" que me fazem para aqui vir despejar caracteres. Era tão bom dizer que este período de pausa em que não vim aqui escrever tivesse sido ausência disso mesmo.

Mas não foi... longe disso! Para ser sincera existiram "bofetadas" bem mais fortes que me derrubaram e "lágrimas" incontroláveis que nos meus olhos se acomodaram.
Sim sou sensível apesar de querer mostrar ao mundo real que não. Sim, continuo a comprar um número de sapatos abaixo do meu só porque prefiro sofrer de dores nos pés durante alguns dias do que passar o resto do tempo com um par de calçado demasiado largo... sim tenho o coração livre e desempedido onde a paixão dificilmente entra mas também facilmente sai...

Há coisa de dias conheci uma pessoa bem demais quase que acidentalmente... não, não fomos para a cama nem nos amassámos um ao outro.. simplesmente fomos nos entregando sem peso nem medida. O resultado era quase sempre melhor do que o esperado o que desencadeou longas e tardias conversas quer estivessemos longe um do outro, quer estivessemos lado a lado. Admito que não tinha qualquer interesse físico, pelo menos de forma assim deliberada e anunciada, porque na realidade o que me fascinava era mesmo a nossa transmissão de pensamentos, as nossas vontades comuns, de saber um do outro e ao mesmo tempo não saber é nada. A nossa química...

A própria forma como nos conhecemos foi pouco dúbia, se não mesmo uma transmissão de pensamentos... de longe a menina mais bem comportada do mundo... foi assim que ele me viu pela primeira vez.

Do alto dos meus saltos altos, e numa noite de folia, mostrei aos CEGOS mais uma vez ser uma mulher segura, uma mulher que ri e dança sem medo, que vive a vida com prazer e como se não houvesse amanhã, que se dá sem preconceitos e pisa quem está à frente, que vê o mundo girar à sua volta... do alto dos meus saltos altos, queria dizer a mim mesma que estava tudo bem e que a vida é bela. Lá no alto sentia-me altiva, bonita, atraente, feminina, capaz, dominadora, corajosa... lá bem do alto sentia-me inalcansável, onde nunca mais deixaria alguém chegar ao meu coração para o fazer sofrer!

Mas ele chegou... sim aquela pessoa que conheci quase que acidentalmente. Aquela pessoa olhou-me naquela noite com outros olhos... e diferentemente do que toda a gente via.. ele LIA o meu interior. E eu deixei-me ler...