21 de fevereiro de 2009

Mais do que triste, sinto-me ESCLARECIDA

Já antes de te conhecer desconfiava que o "para sempre" nada era mais do que uma imitação barata de Monet ou mesmo Da Vinci. Não percebo como ainda podem existir os crédulos no "eterno" ou na "imortalidade" estejamos nós a falar de uma qualquer obra de arte ou da própria vida. Acreditas mesmo que quando visitaste o Museu do Louvre estiveste perante o quadro original de Mona Lisa? Tens noção das vezes que aquela pintura já foi tocada e retocada, pincelada e despincelada? A deterioração em acelerado grau do quadro mais famoso do mundo preocupa de facto museologistas e historiadores mas... acreditarão eles que a Mona Lisa é intocável??? Obviamente que não. Tudo tem um fim... é a lei natural da vida! Até porque só assim ela faz sentido. Nada é imutável. Nem mesmo o olhar triste de Mona Lisa... acredita. Ainda há-de chegar o dia em que professores e estudiosos de pintura arranjarão uma forma de mostrar aos nosssos netos e bisnetos que afinal Da Vinci pintou uma Mona Lisa loira e de olhos azuis, desnudada... a dar uma gargalhada quiçá?!

O mesmo se passa com as relações humanas. Sim até pode parecer uma comparação estúpida mas estou a fazê-la desta forma porque foi assim que as coisas me vieram ao pensamento. Comparar o percurso de vida e percalços de uma pintura secular com uma simples amizade por exemplo. É quase tido como certo que foi tanto o primor de Da Vinci a desenhar os traços daquela face como a paixão com que todos os dias dizíamos "bom dia" ou "boa noite". Chama-se dedicação! Agora... se Gioconda, a mulher retratada no quadro era tao ou menos bonita do que aquilo que o pintor nos fez acreditar... isso já tem a ver com o olhar de cada um. Pintar-te-ei como o homem ou a mulher mais bonita/o do mundo consoante aquilo que os meus olhos vêem. E o teu olhar está a ser tão curto... justamente na altura em que deveria ir além do que está à vista...
...ah ironia! Ah realidade!

Sentes a dificuldade que tenho em escrever isto? Percebes as voltas e reviravoltas que dou para fugir à verdade que é tão simplesmente tu não teres acreditado em mim...

Que desilusão... uma desilusão que aumenta quando finalmente aceitamos aquilo que desde início sempre soubemos. Puro fingimento!!! Autêntica farsa mas... fazer o quê?! Também sempre arrisquei empanturrar-me de chocolate mesmo sabendo das probalidades de no dia seguinte acordar com uma borbulha no meio da testa... serem muitooo0 maiores.



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