4 de dezembro de 2009

Sem título...

Era crescente, novo... uma euforia de ver, tocar, sentir, viver... era algo sentido, maior que tudo e melhor que o resto, era algo inexplicável... era...

Talvez não te escreva mais... talvez fique por estas linhas tudo aquilo que senti, sinto... sentirei. Talvez perca uma oportunidade mas ganhe um punhado de aprendizagem... talvez num ou outro momento me  esqueça do sorriso por ter me lembrado de ti... mas talvez também apareça alguém que se dedique a recuperá-lo... a torná-lo num verbo fácil de conjugar... não tão somente no presente do indicativo... como fizeste, mas ainda e também em todos os outros tempos!

Talvez não tenha coragem de voltar àquela "mensagem"... talvez nem a consiga apagar por saber que ainda é a dor daquelas tuas palavras que me faz partir... um pouco mais... e mais... a cada leitura... a segunda apenas... um mês depois...

Talvez um dia acorde e nem sinta mais saudades... talvez a tua mão sobre a minha deixe de transmitir "calor" ... talvez a tua presença venha a ser indiferente... a tua voz tão igual que nem consiguirei mais distingui-la... o teu cheiro banal e a camisa azul bébé da Quebra-Mar muito pouco sensual... talvez nem nunca mais me recorde que tinhas os hábito de desligar-te do mundo quando estavas ao meu lado... de distraídamente desligar o carro num sinal vermelho... talvez me esqueça da profundidade do teu olhar quando me pedias para aquele momento não acabar... das histórias constrúidas a cada momento que passávamos juntos... a lama, a selva... as figuras gregas "estranhas"... talvez tenha sido tudo fruto da nossa imaginação... talvez seja fácil sentirmo-nos na lua, no espaço... rirmos para o vazio e manter o olhar a brilhar... talvez até seja comum as borboletas no estomâgo... a felicidade... fazer das coisas simples terem valor de diamantes... fazer da vida uma joia tão fracamente esculpida...


Talvez a sintonia dos nossos corpos tenha apanhado a frequência errada... talvez aquilo que sentimos um pelo outro não seja nada... talvez o muito tenha sido afinal muito pouco! Talvez sejamos até bem diferentes... talvez o sabor do beijo tenha sido circunstâncial e o arrepio na pele temperamental... talvez eu não consiga amar esse amor prisioneiro que tens por mim... talvez eu não te queira mais por seres assim...

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